sábado, 20 de setembro de 2008

SEXTO DIA - DIA 20/09







Hoje foi diferente...
O meu pai deu uma de pai e preferiu, responsavelmente, cuidar do YELLOW BIRD para enfrentar a próxima fase da viagem. Fez uma revisão geral no carro.

Enquanto ele estava em SALTA, eu e a Mariana optamos por fazer uma excursão a SANTO ANTONIO DE LOS COBRES – SALINAS – PURMAMARCA, mais ou menos 500 kms de estradas.

As 7:00 hs em ponto a operadora nos buscou na frente do hotel. Eu achei estranho pois vieram nos buscar num Doblo e não nessas vans de excursão. Só tinha eu, Mariana e o Marcelo (guia). No Doblo restaram 2 lugares que foram preenchidos logo em seguida por um casal maravilhoso de hermanos de Buenos Aires, Patrício e Eugenia. Concluindo, fomos nós 5 de Doblo para essa jornada. Foi excelente pois quanto menos pessoas mais fácil é a movimentação e as paradas são mais ágeis. O bom que eu e a Mariana treinamos o nosso portunhol. Como os nossos novos amigos são legais. O guia Marcelo é muito atencioso.

Antes de mais nada gostaria de explicar que optamos por esse passeio de carro pois o TREN DE LAS NUBES que funciona as quartas, sextas e domingos, custa 140 dólares por pessoa, saindo às 7:00 hs da manhã e chegando às 23:00 hs, parando somente duas vezes, chega só até SANTO ANTONIO DE LOS COBRES. Enquanto de carro, passando no mesmo caminho do trem, parando toda a hora que quisermos, ultrapassando SANTO ANTONIO DE LOS COBRES, passando por SALINAS e etc, custava 120 pesos por cabeça. Sei que o trem é um charme mas era muito tempo dentro dos vagões e nós queríamos aproveitar mais o tempo.

Saímos às 7:00 hs e retornamos ao hotel às 18:30 hs.

Antes de chegar a SANTO ANTONIO DE LOS COBRES, depois de várias paradas para fotos, chegamos num povoado chamado SANTA ROSA DE TASTIL, ou melhor, passamos por ele e chegamos numa parada para fazer umas compras de artesanato. Coisas muito legais. Nesse local tem um museu muito interessante. Tem uma múmia com uma historia muito singular. Algo relacionado com uma mãe que estava grávida e se suicidou por temer que o seu bebê não agüentaria a baixa temperatura. Tem uma mulher que fica batendo em umas pedras como se fosse um piano, tocando “por elise”. Essas pedras são chamadas de TASTIL. Pedras sonoras.

De volta ao carro depois de 20 minutos, fomos em direção a S. A. DE LOS COBRES. No caminho ultrapassamos os 3.600 metros. Um frio, mas o céu estava muito azul. Cada parada para foto era um tormento. Não deveria ter ido de bermuda. A Mariana ficava escondida dentro do carro.

Chegando em S. A. DE LOS COBRES percebi que, o que valeu mesmo, mais uma vez, foi o caminho até chegar lá pois a cidade não tem nada. É uma cidade baseada na exploração das minas de cobre e acredito que a população está relacionada a isso.

Ficamos lá uns 5 minutos só para comprar água. Falando em água, é muito importante beber água a todo instante. Mesmo sem vontade tem que beber água.

De volta a estrada fomos em direção a SALINAS. No início asfalto, mas logo em seguida, ripio, ripio e mais ripio. Valeu pelas LHAMAS na pista, vários burritos e bicuinas (em extinção – uma espécie de LHAMA só que 5 estrelas).

Nessa estrada, apesar do meu pai achar que não, um GPS é muito fundamental se você não possuir um guia, pois as estradas são quase apagadas e às vezes elas se cruzam. As placas são raras. É mais fácil achar uma LHAMA que uma placa. Só para lembrar, muito deserto, mas tem gente morando lá e mais uma vez os cemitérios são cheios.

No meio da estrada tem uma bifurcação com uma placa apontando para a direita – RESTAURANTE. Felizmente pegamos essa direção pois a outra vai dar em nada segundo o nosso guia, ou melhor, é muito mais distante para chegar a SALINAS.

Paramos nesse restaurante e que surpresa agradável, pois ali também funcionava um museu simples e você poderia interagir com os locais. Eles mostravam suas criações, plantações e etc... Isso que é viajar !!! Por sugestão do meu pai, levei vários pirulitos para distribuir para as crianças. Não é que funcionou!!! Imagina se eu tivesse levado brinquedos?

A comida estava ótima. Ali que almoçamos.

SALINAS é longe e totalmente isolado. De longe você vê, mas até chegar demora. Ao chegar você já nota que os óculos escuros são a peça mais importante do dia. Tudo é branco e salgado. Falo isso, pois lambi o chão. Um deserto plano e branco de sal.

Saindo de SALINAS subimos, subimos e chegamos aos 4.170 metros para, após os meus ouvidos explodirem, descer, descer e chegar ao povoado de PURMAMARCA. Muito legal e colorido. Excelente lugar para fazer compras de artesanatos. Deveria ter me segurado e comprado tudo aqui.

De lá, fomos direto para SALTA. Já estávamos cansados e a cidade não chegava. Foram os 140 Kms mais longos que tivemos. Estamos muito cansados. Acho melhor segurar um pouco a onda senão vai ser fogo chegar ao final.

Temos que comer melhor para agüentar o tranco.

Eu e a Mariana chegamos a conclusão de que, por enquanto, nada supera a estrada que vai de SALTA à CAFAYATE e a estrada inicial de CAFAYATE à CACHI, ou seja, esse passeio de hoje poderia ter sido abortado, porém deixaríamos de conhecer novos amigos, ver LHAMAS, chegar ao topo do céu e fazer umas comprinhas, portanto, valeu a pena se esforçar.

Finalizando eu gostaria de retificar o que disse sobre MOLINOS. Depois de ter conversado com guia Marcelo, este me certificou que existe um ótimo hotel em frente a praça da cidade. Portanto, acho que nós nos enganamos.

Amanhã tem mais...

Um comentário:

Selma58 disse...

Estou doida pra vcs voltarem com todas as fotos e videos pra eu ver. Pena eu não estar ai...